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Mostrando postagens de março, 2013

Versos a um ébrio

Sem despedir-se sumiu O ébrio da madrugada Embaixo de uma marquise Morrera sem dizer nada Foram cruéis os seus dias Vida curta e malfadada. Suspiro de um coração Imitando as folhas mortas Tropeçando fracassado Batia sempre nas portas Roupa suja, voz cansada Mancha de lama nas costas. Dormia em qualquer lugar No calçamento das ruas O braço seu travesseiro Suas pernas semi nuas A calça toda em pedaços Como bandeira nas ruas. Seu sangue corria forte Nas minhas veias irmãs Eu o queria assim mesmo Fui uma das suas fãs Batia na minha porta Tombando todas as manhãs. Dos ébrios da meia-noite Foi a ele quem mais amei Porque era meu irmão Eu nunca o desprezei No seu túmulo uma cruz E um retrato coloquei. Foi jovem muito elegante Lindo de olhos azuis Sempre amou a poesia Um mundo cheio de luz Criou na imaginação E o vinho deu-lhe uma cruz. A vida é um metal Que o vinho não lubrifica Quem bebe não é seguro A vida sempre ele arrisca Hoje ele tomba a sor