Firme na sela do ginete arfante, Da corte na vanguarda, ei-la às hostis Trincheiras que galopa, delirante, Fronte serena e coração feliz. Sob os anéis metálicos do guante, Os dedos adivinham-se viris, Que sustêm o estandarte palpitante, Onde esplende a dourada flor-de-lis. Rica de sonhos, crença e mocidade, A donzela de Orléans, no seu tresvário, De mística, na indômita carreira Sorri. Nenhum tremor a alma lhe invade! E, entanto, o olhar audaz e visionário Já tem clarões sinistros de fogueira!… Cecília Meireles (do livro “Espectros”, 1919)
Um universo paralelo que criei para mostrar meus pensamentos em forma de poesia ou em texto, escrita por mim mesma ou por poetas famosos.