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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Soneto de Carnaval

Distante o meu amor, se me afigura  O amor como um patético tormento  Pensar nele é morrer de desventura  Não pensar é matar meu pensamento.  Seu mais doce desejo se amargura  Todo o instante perdido é um sofrimento  Cada beijo lembrado é uma tortura  Um ciúme do próprio ciumento.  E vivemos partindo, ela de mim  E eu dela, enquanto breves vão-se os anos  Para a grande partida que há no fim  De toda a vida e todo o amor humanos:  Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo  Que se um fica o outro parte a redimi-lo.  Vinícius de Moraes